Já ouvi em algum lugar que se o amor for deixar alguém, então que deixe num domingo e que aos domingos, ficar só é lindo. Pois o que faz do domingo um dia incomum?
Talvez seja o próprio nome. Não é doloroso como Segunda-feira. Normal como terça-feira. Esperançoso como quarta. Não causa expectativa como a quinta-feira ou mesmo entusiasmo como a sexta. Não é maravilhoso como o sábado. É apenas domingo. E no domingo tudo parece mais lento. O Sol demora a nascer e demora a se pôr. A chuva não tem pressa de cessar e o vento se prolonga por toda a manhã. Domingo o mar vive de ressaca. Os peixes se escondem. Os pássaros, com preguiça, cantam timidamente. As flores nem pensam em se abrir. Os carros descansam nas garagens, janelas e portas ficam trancadas. As ruas aproveitam para adormecer. Mas há os que trabalham no domingo. As camas perdem a hora, a T.V é acompanhada e é acompanhante. As caixas contendo recortes de jornais, cartas de amor, fotos antigas, velhos brinquedos e vestidos de noiva são abertas e permanecem abertas por tempo indeterminado, afinal, é domingo. Domingo não tem hora. Domingo não tem dono. Domingo é diferente para cada um e por isso é tão especial. Domingo criança acorda tarde, mas dorme cedo. Domingo é casa de vó. É encontro com os primos. É namoro no portão. Domingo os rádios e vitrolas cantam o amor. Domingo a felicidade é prolongada e a tristeza fica pequena. Domingo é dia de gol. É dia do cachorro passear. Domingo é pra ler jornal, é pra ler livro e pra deitar na rede. Domingo tem circo e tem teatro. Domingo é do pijama, do cabelo enrolado, da boca sem batom. Domingo tem violão e tem risos. Domingo tem pizza e tem sono. Domingo tem tanta coisa e se estende tanto que a dor perde o espaço. Os amores vão embora e nem percebem. Mas é só porque é domingo. Pois segunda tudo vai ficar mais doloroso e na terça talvez o mundo acabe. Não haverá mais lágrimas pra chorar na quarta e na quinta a saudade apertará. A sexta será solidão e o sábado pranto. Mas aí será domingo. Apenas domingo...
Talvez seja o próprio nome. Não é doloroso como Segunda-feira. Normal como terça-feira. Esperançoso como quarta. Não causa expectativa como a quinta-feira ou mesmo entusiasmo como a sexta. Não é maravilhoso como o sábado. É apenas domingo. E no domingo tudo parece mais lento. O Sol demora a nascer e demora a se pôr. A chuva não tem pressa de cessar e o vento se prolonga por toda a manhã. Domingo o mar vive de ressaca. Os peixes se escondem. Os pássaros, com preguiça, cantam timidamente. As flores nem pensam em se abrir. Os carros descansam nas garagens, janelas e portas ficam trancadas. As ruas aproveitam para adormecer. Mas há os que trabalham no domingo. As camas perdem a hora, a T.V é acompanhada e é acompanhante. As caixas contendo recortes de jornais, cartas de amor, fotos antigas, velhos brinquedos e vestidos de noiva são abertas e permanecem abertas por tempo indeterminado, afinal, é domingo. Domingo não tem hora. Domingo não tem dono. Domingo é diferente para cada um e por isso é tão especial. Domingo criança acorda tarde, mas dorme cedo. Domingo é casa de vó. É encontro com os primos. É namoro no portão. Domingo os rádios e vitrolas cantam o amor. Domingo a felicidade é prolongada e a tristeza fica pequena. Domingo é dia de gol. É dia do cachorro passear. Domingo é pra ler jornal, é pra ler livro e pra deitar na rede. Domingo tem circo e tem teatro. Domingo é do pijama, do cabelo enrolado, da boca sem batom. Domingo tem violão e tem risos. Domingo tem pizza e tem sono. Domingo tem tanta coisa e se estende tanto que a dor perde o espaço. Os amores vão embora e nem percebem. Mas é só porque é domingo. Pois segunda tudo vai ficar mais doloroso e na terça talvez o mundo acabe. Não haverá mais lágrimas pra chorar na quarta e na quinta a saudade apertará. A sexta será solidão e o sábado pranto. Mas aí será domingo. Apenas domingo...