O relógio marca pontualmente 22h30min quando a rainha do Rock sobe ao palco juntamente com sua trupe, denominada por ela como a “banda dos dalitis” – fazendo referência à casta indiana- e que conta com Roberto de Carvalho e Beto Lee nas guitarras e vocais, Edu Salvitti na bateria, Débora Reis e Rita Kfouri nos vocais, Brenno di Napolli no baixo e Danilo Santana nos teclados.
Rita, como sempre, bem humorada, abre o show com Flagra, acompanhada do princípio ao fim pela platéia. Mesmo fazendo coro, o público não está muito animado, conseqüência da presença de cadeiras (todos estão assentados) e da falta de liberdade que a mesma proporciona ao se tratar de um show de rock com a avó mais animada do país. É visível o desconforto, talvez vergonha, do público devido à questão dos lugares marcados. Já na segunda música, Saúde, alguns esboçam a vontade de se levantar e chegar próximo ao palco, onde a cantora se esbanja entre um acorde e outro. Tentativa frustrada, apenas alguns são corajosos para sair das cadeiras e ocupar um pequeno espaço na lateral da área em frente ao palco. Somente após algumas músicas, que uma grande parte do público resolve levantar-se para cantar e dançar ao som da roqueira.
Já com a platéia dominada, Rita anda, pula e dança sem parar, mostrando que mesmo aos 63 anos de idade, não perdeu o pique e a vontade de fazer um espetáculo cada vez melhor. Em meio a uma música e outra, a cantora para para conversar com o público, faz brincadeiras, conta histórias e comenta a novela, atitude que arranca gargalhadas de sua platéia.
Entre o repertório, muito bem escolhido, diga-se de passagem, estão sucessos antigos, como “Doce Vampiro” e “Lança Perfume”, e novas composições, como “Insônia”. Destaque para a canção “Baby”, de Caetano Veloso, quando Rita aparece caracterizada de Gal Costa, com uma peruca enorme, imitando fielmente o gestual da cantora, para interpretar a música. Outro momento contagiante do show e que arranca gritos da platéia é a antiga Bwana, na qual Rita, movida por uma grande simpatia ao atual presidente dos EUA, faz uma referência ao mesmo, trocando Bwana na letra da música por Obama.
Em meio aos gritos fanáticos do público mineiro, a cantora encerra o show com a já conhecida Ovelha Negra. Após minutos de aplausos, a banda volta ao palco para a sessão de bis. Rita pergunta ao público o que eles querem ouvir, com a resposta em mãos, toca Lança Perfume e Erva Venenosa. Após esboçar sair novamente do palco, volta para mais uma canção, quando com a queda de papeis prateados, a platéia saboreia o último quitute do pic – nic de Rita Lee, oferecido de forma sensacional e divertidíssima ao público mineiro, que com certeza vai dormir satisfeito, contrariando a superstição de que dormir de barriga cheia faz ter pesadelos.
Em meio aos gritos fanáticos do público mineiro, a cantora encerra o show com a já conhecida Ovelha Negra. Após minutos de aplausos, a banda volta ao palco para a sessão de bis. Rita pergunta ao público o que eles querem ouvir, com a resposta em mãos, toca Lança Perfume e Erva Venenosa. Após esboçar sair novamente do palco, volta para mais uma canção, quando com a queda de papeis prateados, a platéia saboreia o último quitute do pic – nic de Rita Lee, oferecido de forma sensacional e divertidíssima ao público mineiro, que com certeza vai dormir satisfeito, contrariando a superstição de que dormir de barriga cheia faz ter pesadelos.