A primeira impressão de Santiago, antes mesmo de chegar a Santiago, foi a de que falar espanhol não é tão fácil quanto pensamos. Falar espanhol com outros brasileiros pode até parecer bem simples, as semelhanças com o português também podem enganar. Antes mesmo da saudade, da vontade de comer alguma coisa que só existe no Brasil ou da diferença de temperatura, encontrei a dificuldade em me comunicar. Hoje é o terceiro dia e já estou um pouco mais solta, pero no mucho, si?! Sí, esta é a palavra que mais uso aqui. E vem cheia de gestos com as mãos e com a cabeça. Ontem ouvi de um velho em Santiago: “Se quieres aprender a hablar español, tienes que hablar com las manos”. Sí. As mãos também carregam as palavras e é impressionante como os chilenos falam com as mãos e como tudo em espanhol soa um pouco dramático demais. Falando rápido, com as mãos, os chilenos vão cantando, sim, cantando suas histórias, enquanto meus olhos tentam não perder o ritmo. Atentos, acompanham cada momento. Pensando no que me disse o velho, concordo com ele e acrescento: O espanhol se fala com as mãos e se ouve com os olhos.
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